--> folha 3
mais formas, menos sorrisos
o perfume barato derramado
na coberta do mendigo,
não é francês, é ignorância
é descaso
normal?
sem sentido de ser
real...
não fomos criados assim
fomos domesticados
bonecos de papel
fantoches sem mão certa
pedrinhas da beira da estrada
que ajudamos a construir
sem honorários a receber...
as canções me lembram alguém
que está longe
mas mora em mim...
mandaria uma flor a ela
se as floriculturas entregassem a domicilio
sem taxa extra ou pagamento
adiantado...
não, ninguém sabe
que estou aqui
sou um dos poucos, sou raro
sou valiosa pedra aqui...
os ponteiros se movem
insistem em me apressar
eles fazem seu pael
servem ao sistema
que não vive sem tempo útil
ou atrasos no jantar
de domingo...
é noite lata
sono profundo dos normais
que não gostam de sonhar
e têm pesadelos
com jardins e água pura
com nuvens e pessoas queridas
que não moram mais aqui...
mmm... um beijo no escuro
umsonho bom
e outro ruim,
para testar a memória...
lá fora, a garoa insiste em me chamar
para dançarmos nus...
terei que desapontá-la
preciso sonhar
e acordar sem medo
de realiza rmais um sonho
sem medo de sorrir para o espelho
do banheiro..
apenas sonhar e ser anormal.
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