quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

para baixo e para onde?

ando pela rua estreita
sem rumo
destino não é nada
quando não se tem
estrada alguma
o sapato sente
as pedras do caminho
são pontiagudas
ferem
o sentimento
de não saber onde ir
deixo pra trás
uma esquina
para um lugar
que não sei qual é
e dobro adiante
encontro
o desencontro das ruas
sem saída
sigo em frente
sobre os telhados