sábado, 26 de setembro de 2009

a loucura - original da madrugada de 25 agosto98

->folha 1

Talvez estas palavras
fiquem esquecidas em caixas de papelão,
ou talvez sejam queimadas,
mas elas precisam acontecer,
não podem ficar no anonimato
São palavras de desabafo,
de amor e de ódio,
de sonhos e de pesadelos
São manchas no branco co papel,
que insistem em se mostrar...

Eu sempre sonhei, ainda o faço,
e faço com vontade
com o desejo de fazer os onho
virar realidade...
Eu sonho com tudo,
não lembro de nada que sonhei ontem...
Eu sonho com alguém,
com um lugar e uma música...
eu sonho com o bem e o mal,
com o beijo e com a dor
de não ter o beijo...

Talvez estes sonhos
fiquem esquecidos em um lugar da memória
e venha à tona
nos piores momentos da vida....
só para me fazer rir à toa,
enquanto a garoa molha meu rosto
marcado pelo tempo...

Talvez sim, talvez nunca
eu possa sorrir o dia inteiro
sem ter que achar motivo
aparente...
Não há porque temer,
o mundo é dos insanos...
a vida só tem emoção
para aqueles que são loucos
por ela...

O tempo passa,
e continuará se arrastando,
levando-me consigo...
como folha seca ao vento,
ou flor caída no rio...
amanhã o sol estará bonito,
sorrindo para o mundo,
fazendo loucuras no céu...
amanhã, os loucos sairão à rua,
assim como os 'normais'...

A vida continua,
a rotina precisa ser mantida...
os normais vão trabalhar,
os loucos se divertir
como se não houvesse motivo
ou razão para a sanidade
doentia...
Na verdade, digo que não existe
a sanidade é doença, é insana, é prisão...

Flor e vento

Flores e vento

Encantos e cores

Uma mescla indefinível...

O limite que existe

Entre a luz e a escuridão

É quase imprecetível...


Enquanto isso

As cores se misturam

E eu,pequena que sou

Me perco, fico confusa,

Pra onde ir agora

Se não estivesse aqui

Não saberia te responder agora


Mas sei que quero sair

Pois não me serve esta calma

Deixo-a para as flores menores

Escondidas na grama

Onde o vento não alcança

Eu, grande que posso ser,

Quero viajar com este mesmo vento

E trocar cores e formas

Perder-me nele e ele em mim...

Voaremos juntos, adeus à solidão

Não mais a quietude de um campo

Mas o movimento dos ares

De todos os cantos da terra

Minha fragilidade e minha força

Virão do vento

Preciso penas vivê-lo,

Pleno e maravilhoso

Apenas nós dois

Taty,

Original em 23/3/2001 – 19h56min