segunda-feira, 17 de março de 2008

sem nome

olho para o nada
pois já não quero
ver nada
não me interessa
o que está aqui ou lá
pouco me faz diferença
quero nada agora
quero o silêncio da morte
e o barulho da fábrica
sinto o frio na pele
mas o cobertor ficou pra trás
esqueço de algo
paro no tempo
sinto o fogo
queima os olhos
quero pouco
ou quase nada
quero frio e calor
enquanto espero ninguém
sinto nada
sou morte gelada e silenciosa
e fábrica movimentada
olho o nada esperando

Um comentário: